Revista LOJAS Papelaria - Edição 337

28 LOJAS PAPELARIA - JULHO 2024 TECNOLOGIA No cenário competitivo global, a adaptação de tecnologias ao público-alvo é crucial para o su- cesso das empresas. No Brasil, esse processo é frequentemente chamado de tropicalização, que envolve a adequação de produtos e servi- ços estrangeiros às particularidades locais. Essa prática não só facilita a diversificação e expan- são dos negócios, mas também reduz custos e aumenta a aceitação por parte dos consumido- res, criando negócios mais sólidos e adaptados à realidade brasileira. “A tropicalização é um fenômeno essencial para o sucesso de multinacionais no Brasil. Empre- sas que tentaram padronizar produtos sem considerar aspectos locais, como produção, câmbio e legislação, enfrentaram dificuldades. Casos como os da Solux ilustram a importância da adaptação ao mercado brasileiro para redu- zir incertezas e melhorar a performance”, diz o country manager Rafael Ribas. No setor de automação comercial, a tropicaliza- ção tem se mostrado fundamental, pois os va- rejistas tem a cultura brasileira intrinsecamente A tropicalização da automação no varejo brasileiro Um caminho para a eficiência e sustentabilidade Rafael Ribas, country manager da Solux ligada a eles, como o fato de não dar nota fiscal e simplesmente anotar no caderninho, além de isso ser ilegal é algo que se a empresa de au- tomação não se comunicar de forma eficiente com esse público os mesmos não vão se inte- ressar por não ver uma necessidade no serviço ou produto. Essa automação utiliza de tecnolo- gias e sistemas para executar tarefas rotineiras de forma mais eficiente, podendo ajudar esses comerciantes a trabalhar melhor, porém sem a tropicalização é possível que eles não entendam essa oportunidade como algo bom. “Também é importante explicar que a automa- ção no varejo não é exclusiva das grandes mar- cas e está disponível para empresas de todos os portes, desempenhando um papel essencial no processo omnichannel. Isso integra todos os canais de comunicação de uma empresa para melhorar a experiência do cliente, permitindo análise de dados, padronização de operações e integração de processos”, diz Rafael Ribas. As vantagens da automação no varejo são nu- merosas. Primeiramente, há uma significativa economia de tempo, pois tarefas que antes eram realizadas manualmente podem ser concluídas em segundos por sistemas e equipamentos au- tomatizados, liberando os funcionários para se concentrarem em atividades mais estratégicas. A redução de erros é outra vantagem crucial, especialmente em operações financeiras, onde erros podem ser caros. Automatizar processos como contabilidade e gestão de estoque reduz significativamente a ocorrência de erros. Além disso, a automação otimiza o fluxo de tra- balho, tornando as operações mais eficientes e permitindo uma alocação mais inteligente de re- cursos, resultando em economia de custos. Ela também melhora a experiência do cliente, pro- porcionando respostas rápidas e consistentes a perguntas frequentes, aumentando a satisfação do cliente. Finalmente, a automação gera gran- des volumes de dados que podem ser analisados para obter insights valiosos sobre o desempenho da empresa e as preferências dos clientes, aju- dando na tomada de decisões informadas. No contexto brasileiro, a tropicalização da au- tomação no varejo também pode afetar direta- mente o preço das mercadorias e o equilíbrio do mercado, tornando os preços mais competitivos à medida que mais opções de produtos são dis- ponibilizadas. Empresas brasileiras, conhece- doras do mercado local e suas limitações, têm uma vantagem significativa sobre os concorren- tes estrangeiros, sendo capazes de buscar solu- ções mais rápidas e eficientes. A tropicalização tecnológica, portanto, não só é uma ferramenta crucial para a eficiência e sus- tentabilidade no varejo brasileiro, mas também um caminho promissor para um futuro mais competitivo e inovador.

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