Revista LOJAS Papelaria - Edição 294
36 LOJAS PAPELARIA DICAS Mais de 600 mil micro e pequenas empresas fecharam as portas em virtude dos efeitos eco- nômicos da pandemia do coronavírus (Covid-19) Em função da pandemia ocasionada pela Covid-19, o Brasil já bateu a marca de mais de 100 dias de quarentena. O mundo nunca mais será como antes, pessoas e setor corporativo mu- daram em uma velocidade espantosa, fazendo-se necessárias a releitura e a readaptação do “novo normal” para garantir a continuidade dos negócios. Ainda que muitos especialistas apontem que o pior da pandemia já passou, observa-se que o número de infectados cresce em algumas regiões do país. Somados a isso, as estatísticas preliminares denotam que o número de desempregados explodiu em função da pandemia: até o final de maio, eram 12,7 milhões de pessoas sem ocupação, com o fechamento de 7,8 milhões de postos de trabalho, em relação ao trimestre anterior, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Empresas fechadas De acordo com o Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às micro e pequenas empresas, até o mês de abril, pelo menos, 600 mil empresas não conseguiram sobreviver às consequências do isolamento social. A pesquisa também mostrou que 30% dos empresários tiveram que buscar empréstimos para manter seus negócios, mas o resultado não tem sido positivo: 29,5% destes empreendedores ainda aguarda uma resposta das instituições financeiras e 59,2% tiveram os pedidos negados. “Mas não ficaremos somente neste número; de abril até hoje, mais empresas encerram as atividades e, outras mais deverão fechar as portas até o final da pandemia. E o crédito (pro- gramas do Governo) não tem chegado àqueles que mais precisam, que são as pequenas e médias empresas”, lamentou o professor Carlos Afonso, autor do livro Organize suas finanças e saia do vermelho. “As linhas de crédito disponibilizadas pelas instituições financeiras, em especial o Pronampe, tem se esgotado rapidamente; não só nos bancos oficiais, mas também nos bancos privados. A retomada econômica, infelizmente, deverá ser morosa”, acredita o professor, que além de educador financeiro, é contabilista e administrador. Não bastasse tudo isso, as decisões no âmbito político demoram a ser tomadas (em todas as esferas, sem exce- ção), e os empreendedores continuam sofrendo pela falta de apoio do poder público. Números positivos Por outro lado, o cenário trouxe notícias animadoras para determinados setores, a exemplo das vendas no varejo, que subiram quase 14% no mês de maio, quando comparado a abril de 2020, percentual bem acima das expectativas dos economistas. Sabe-se que cada segmento tem suas particularidades e, encarar uma crise para alguns é Como manter a sobrevivência da empresa em época de pandemia As empresas são compostas por diversas engrenagens interligadas. Quando uma engrenagem deixa de funcionar corretamente, ela afeta todo o sistema mais desafiador do que para outros. Há quem consiga fazer grandes revoluções durante uma crise, outros nem tanto… E não é por falta de capacidade, mas em virtude do mercado que atuam. Deste modo, fazer a lição de casa para garantir a sobrevivência dos negó- cios já é algo extremamente positivo. Como manter o negócio funcionando Algumas perguntas relevantes neste momento de cri- se são: como um negócio pode ser reinventado? O que pode ser feito para assegurar a manutenção de uma empresa? É possível fazer algo de diferente para chamar atenção e agregar valor aos produtos ou ser- viço desta empresa? Em um cenário bastante desafiador, observa-se que muitas vezes falta ao empresário informações rele- vantes sobre o próprio negócio no que diz respeito a tomada de decisões, e isso pode ocorrer por falta de colaboradores nos quais o empresário se apoiaria
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