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Brasil terá 100 milhões de PCs até 2012

15/05/2008 - 00:05
O crescimento do mercado de computadores no Brasil - estimulado por isenção fiscal, crédito e aumento da renda da população - fará com que o país ultrapasse a barreira dos 100 milhões de máquinas (corporativas e domésticas) entre 2011 e 2012, o dobro do número de PCs existentes atualmente.

A estimativa foi divulgada, na 19ª Pesquisa Anual da Faculdade Getúlio Vargas/Easesp/CIA, intitulada Mercado Brasileiro de Informática e Uso nas Empresas. O estudo foi realizado a partir das respostas de 1,7 mil empresas entre setembro passado e abril de 2008. Segundo a pesquisa, apesar do boom das vendas de computadores no ano passado no Brasil - que, pela primeira vez, superaram a venda de aparelhos de televisão -, ainda há um longo caminho para universalizar o acesso da população à tecnologia.

Atualmente, os PCs atingem apenas 26% da população brasileira. A quantidade é maior que a média mundial, de 21% de pessoas com acesso a computadores, num total de 1,4 bilhão de máquinas. Mas está muito longe dos 89% verificados nos Estados Unidos, com 270 milhões de computadores. "A continuar o cenário econômico, vamos ter um crescimento de 20% a 30% por ano até 2012", afirma Fernando Meirelles, professor titular da FGV-Easesp e coordenador da pesquisa.

As companhias (de grande, médio e pequeno porte) irão estimular o setor também, que movimenta cerca de US$ 150 bilhões. "Hoje, quase metade do total dos investimentos das empresas (que incluem, por exemplo, expansão de fábricas e compra de máquinas) são em tecnologia", diz Meirelles. Em 2007, as empresas gastaram, em média, 5,7% de sua receita líquida em tecnologia da informação, valor bem superior ao 1,3% de investimento em 1988.

"Desse total investido, mais da metade foi gasto com serviços e menos de um terço com software", afirma o professor. "Hoje em dia, geralmente a licença do software está embutida no serviço", explica. Porém, o investimento difere dependendo do setor. As empresas de serviços investiram 8,2% de sua receita líquida em tecnologia; a indústria gastou 3,8% e o comércio, 2,6%. Para este ano, Meirelles estima um investimento maior que 6% da receita líquida em tecnologia. Dentro desse volume, 1,21% da receita líquida das empresas no ano passado foi investido no comércio eletrônico, de acordo com a 10ª edição da pesquisa Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro, da FGV-Eaesp.

Segundo Alberto Luiz Albertin, coordenador do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada e do Programa de Excelência em Negócios na Era Digital, do total de transações negócio-a-negócio, 55,33% são realizadas no comércio eletrônico. Na relação das companhias com os consumidores, 19,18% são feitas pelo meio eletrônico. (Fonte: Valor Econômico)

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