Faber-Castell

Pesquisa revela que custo de vida da classe média

13/05/2009 - 00:05
A elevação dos preços, principalmente, do vestuário e dos alimentos contribuiu para o aumento do custo de vida da classe média em março. A variação foi de 0,40%, maior que a verificada no mês anterior (0,24%) e na comparação com igual período de 2008 (0,24%). De acordo com o Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM), calculado pela Fecomercio e pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), que abrange as famílias que recebem de cinco até15 salários mínimos por mês, a variação acumulada nos últimos 12 meses subiu de 6,37% para 6,54%. No primeiro trimestre deste ano, este porcentual foi de 1,23%.

Entre os componentes do ICVM o item Vestuário, que no mês anterior havia apresentado variação de -0,63%, teve um acréscimo de 0,60% em março. Segundo Gílson de Lima Garófalo, vice-presidente da OEB e economista da Fecomercio, o término das promoções das roupas contribuiu para a alta. No entanto, a variação acumulada neste ano é de -0,66%. Os preços da roupa feminina subiram 0,68%, os da roupa masculina 0,47% e os da roupa infantil 0,62%. O item “jóia” teve elevação de 7,68% e acumula aumento de 10,86% de janeiro a março de 2009.

Garófalo também aponta que o grupo Alimentação registrou aumento de 1,05%, ante 0,62% em fevereiro deste ano e 0,186 pontos porcentuais de participação no índice geral. O subgrupo que provocou este movimento foi o de Alimentos in Natura, que passou de 2,87% em fevereiro para 6,25% em março. As elevações vieram das verduras (14,85%), com destaque para a alface, dos ovos (8,27%), dos legumes (6,32%), com forte influência do tomate, e frutas (5,74%).

Em contrapartida, o subgrupo Tubérculos sofreu queda de preços, atingindo -1,52%. Já os itens de Semi-Elaborados continuam com valores negativos, -1,82% em média (-10,08% para o feijão, -2,45% para o arroz e -4,20% para o contrafilé).

Apesar de o açúcar ter participação relevante no subgrupo Industrializados, com acréscimo de preço de 9,64%, o produto não conseguiu aumentar a variação mensal que foi de 0,45% - menor que a do mês anterior que registrou 0,67%. A alimentação em restaurantes foi influenciada pela participação de Semi-Elaborados e de Tubérculos. Portanto, teve a variação reduzida de 1,02% em fevereiro para 0,13% em março.

O grupo Despesas Pessoais apresentou aumento de 0,60% em março e 0,10% em fevereiro. Os itens que predominaram foram passagens rodoviárias e aéreas (3,07%), cigarros (1,56%) e refrigerante (1,13%). Os gastos com Habitação indicaram elevação de 0,24% em março. Serviço doméstico com 2,14% e aluguel com 0,72% foram os itens que mais influenciaram no resultado. As baixas mais significativas ficaram por conta de televisor com -2,07% e reparo no domicílio com -0,30%.

De acordo com Garófalo, os preços dos veículos novos e usados que pressionaram para baixo o segmento de Transportes em fevereiro, mostraram incremento de 0,22%. Com isso, o setor continuou próximo da estabilidade, com variação mensal de 0,07%. No sentido inverso, ficaram o etanol, a gasolina e os produtos para veículo com variações de, respectivamente, -1,53%, -0,24% e -1,26%.

O grupo Saúde, que abrange medicamentos, serviços e planos de assistência médica, indicou variação de 0,23%. A média foi decorrência dos subgrupos Serviços médicos e laboratoriais (0,37%), Remédios (0,22%), Aparelhos corretivos (0,44%) e Planos de saúde (0,18%).

O cálculo estabelecido para o grupo Educação, que no ano acumula 6,49%, também ficou próximo da estabilidade, com 0,06%. As matrículas e as mensalidades dos cursos não foram alteradas e os itens do material escolar aumentaram, em média, 0,73%.

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