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Por Marcos Mila
Editorial
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Revista LOJAS
Ano XXI, N.º 215 - Janeiro/Fevereiro 2013
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Para 2013, os
mesmos desafios
Um estudo divulgado pelo Serasa Experian relata que a atividade varejista no Brasil
encerrou 2012 com crescimento acumulado de 6,4%, o menor ritmo de expansão dos
últimos três anos. O resultado ficou ligeiramente acima do crescimento de 6,1% visto
em 2009, quando a economia brasileira passou por um período recessivo no primeiro
semestre. Nos anos de 2010 e 2011, as altas haviam sido de 9,6% e 7,8%, respecti-
vamente. De acordo comMauricio Stainoff, presidente da FCDLESP - Federação das
Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo -, o desempenho do varejo em
2012 foi muito parecido com 2011, com um pequeno crescimento, especialmente para
as pequenas e médias empresas.
Já o segmento de papelarias manteve o mesmo crescimento obtido em 2011, de cerca
de 3%, segundo Antonio Sereno, diretor comercial da Brasil Escolar - rede que possui
180 associados/papelarias.
Para este ano, Stainoff projeta um crescimento do setor varejista de pequeno porte de
no máximo 5%, o que inclui as papelarias. Mesmo com a tecnologia fazendo cada vez
mais parte do mix das lojas, o período de volta às aulas - de dezembro a fevereiro - ainda
será a melhor época para o setor papeleiro, com um incremento de 30% no volume de
vendas.
Entra ano e sai ano, os desafios continuam os mesmos: o presidente da FCDLESP acredi-
ta que a carga tributária, nas obrigações acessórias, continuará sendo um dos principais
problemas para o crescimento dos pequenos e médios empresários do setor varejista.
Outro problema apontado pelo presidente da FCDLESP é a distribuição de material es-
colar feita pelo Governo. Ele argumenta que a centralização das compras pelo governo
em poucos atacadistas, desconsidera os demais empresários, que são a grande maioria.
Dessa forma, os empresários do setor vão brigar por uma política de compra de Kits
Escolares mais justas, na qual o Governo compre o material escolar regionalmente e
priorize as pequenas e médias empresas.
Junte-se aí a disputa com as grandes magazines, as lojas online e, até mesmo, com as
lojas de outros setores. Mais do que nunca, as papelarias precisam fidelizar o cliente,
oferecendo produtos, serviços e atendimento que o consumidor não poderá achar em
outro lugar, como forma de competir de igual para igual.
Para Stainoff, se as políticas públicas atendessem as necessidades do setor, quase todos
os problemas estariam resolvidos. “O Estado não precisa ser paternalista, mas precisa
proporcionar as condições para que o setor se mantenha e cresça. Não é possível aceitar
que o setor não cresça, quando no Brasil o desemprego está em queda e a renda da
população está crescendo”, entende.
Sábias palavras. E que sejam ecoadas.
Boa leitura!
Assessoria Jurídica